Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo alerta sobre riscos à saúde física e mental

O sedentarismo representa uma séria ameaça à saúde, por vezes erroneamente associado à preguiça. A falta de atividade física compromete o bem-estar das pessoas, impedindo a adoção de um estilo de vida saudável. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil destaca-se como o país mais sedentário da América Latina, ocupando a quinta posição no ranking global. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 47% dos brasileiros são sedentários, sendo que entre os jovens esse número é ainda mais alarmante, atingindo 84%. Em reconhecimento à importância de manter o foco nesse problema, o dia 10 de março é dedicado ao Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo.

Segundo a Profissional de Educação Física, Tatiana Acioli (CREF 001977-G/PE) o sedentarismo se caracteriza pela falta de atividades físicas em pessoas de qualquer faixa etária. “O sedentarismo e a inatividade física são altamente prevalentes em todo o mundo e estão associados a uma ampla gama de doenças crónicas e mortes prematuras. O aumento do comportamento sedentário é justificado por um crescente conjunto de evidências que apontam para uma relação entre este estilo de vida e o aumento da prevalência da obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. É sabido ao longo da história que ser inativo não é saudável, mas hoje em dia quase um terço da população mundial é inativa, representando assim um grande problema de saúde pública”, explica.

É preciso ter atenção ao estilo de vida sedentário: cansaço excessivo; dores nas articulações e no corpo; aumento excessivo de peso; hipertensão, diabetes, acúmulo de gordura abdominal e no interior das artérias (hipercolesterolemia); agravos a saúde com o aparecimento de doenças crônicas, além de mudanças na qualidade do sono, aumento de episódios de roncos durante o sono e/ou desenvolvimento de apneia do sono. A soma desses fatores, afeta a qualidade de vida.

Ainda de acordo com a Profª Tatiata Acioli, a reversão desse quadro, se dará exclusivamente com a quebra do comportamento sedentário e adoção de um estilo de vida ativo, com a prática regular de atividades físicas sob orientação de um Profissional de Educação Física.

“A Educação Física deve proporcionar e estimular, por meio da intervenção profissional, a adoção de comportamentos favoráveis para a manutenção ou aprimoramento de componentes do estilo de vida relacionados à saúde, que podem contribuir para elevar os níveis de saúde e para a maximização da qualidade de vida da população como um todo”, enfatiza Tatiana.

Benefícios da prática regular de atividade física na prevenção do sedentarismo

De acordo com a Profissional de Educação Física, Tatiana Acioli, a prática regular das atividades, traz diversos benefícios para a saúde.

“O corpo humano foi feito para estar em movimento. Os benefícios da atividade física na prevenção e tratamento da atividade física reduz o estresse e sintomas de ansiedade, melhora a qualidade do sono, melhora a aprendizagem, reduz sintomas depressivos, previne e diminui a mortalidade por doenças crônicas como pressão alta e diabetes, melhora a força, equilíbrio e flexibilidade, proporciona a socialização e a convivência e a melhora na saúde mental. Diante dessa realidade, cada vez mais as pessoas precisarão trocar medicamentos por atividades físicas para ter uma vida mais saudável”, finaliza.

A OMS indica que a cada dólar investido em esportes e promoção de atividade física, pode-se economizar US$ 3,20 com gasto em saúde. O Guia de Atividade Física do Ministério da Saúde diz que devem ser oferecidas, obrigatoriamente, pelo menos, três aulas de educação física de 50 minutos cada, por semana, por Profissional de Educação Física, ao longo de todos os anos da Educação Básica, incluindo a Educação Infantil.

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